segunda-feira, 29 de outubro de 2007

movie@cinema

Título: The Brave One (em português, A Estranha em Mim)
Ano: 2007
Realizador: Neil Jordan
Género: Acção / Crime / Drama / Thriller
Sinopse: As ruas de Nova Iorque são a casa e a subsistência de Erica Bain (Jodie Foster). Ela partilha os sons e as histórias da sua adorada cidade com a audiência da rádio, como anfitriã do programa "Street Walk". À noite, ela regressa a casa para o amor da sua vida, o seu noivo David Kirmani (Naveen Andrews). Mas tudo o que Erica conhece e adora é roubado numa noite terrível quando ela e David são apanhados num ataque aleatório e vicioso que deixa David morto e Erica próxima da morte. Embora o corpo de Erica recupere, feridas mais profundas permanecem - a devastação da perda de David e, ainda mais esmagador, um medo sufocante que a persegue. As ruas da cidade que ela adorava percorrer, mesmo lugares aconchegantes e familiares, parecem agora estranhos e ameaçadores. Quando o medo se torna insuportável de aguentar, Erica decide armar-se contra ele. A arma na mão transforma-se numa forma tangível de ela se proteger de um inimigo intangível... ou pelo menos ela acha que sim. (in Cinema PTGate)

Pontos Mary: 6,0 em 10.

Considerações Gerais: a Jodie Foster esteve excelente, o resto não me agradou nadinha. A história tinha tudo para ser excelente e a primeira meia hora do filme deixou-me com água na boca e vontade de querer ver mais. Nunca simpatizei com os actos da personagem, mas a primeira vez que ela premiu o gatilho, fez-lhe por uma questão de sobrevivência. Não se consegue ficar indeferente. À medida que a acção avançava, perdia-se o fio à meada e não consegui em mais nenhum momento partilhar a sua dor. Ao aproximar-se do fim, penso para mim: é agora que vou ter uma surpresa. Nada. Nadinha. O fim é absolutamente estúpido e sem nexo, fazendo com que tudo o que ela fez fosse aceitável e merecedor de aplausos. Deviam ter deixado o julgamento para cada pessoa que visse o filme.
A cena em que misturam a entrada no hospital e os dois na cama, a fazerem amor, ficou muito boa.

Palavra-chave: Justiça.

6 Comentário(s):

Cristina 10:17 da manhã, outubro 29, 2007  

Eu daria mais ao filme. Fui ver a ante-estreia e gostei bastante. Acho que está muito bem conseguido e simpatizo com todas as acções dela.

Paulo 11:02 da manhã, outubro 29, 2007  

Olá!
Gostaria que aceitasses este desafio. Se quiseres participar, é só deixar um comentário.
Obrigado :)

Mary 1:56 da tarde, outubro 29, 2007  

Cristina, ainda bem que as pessoas têm gostos diferentes senão era uma desgraça.... Eu não gostei, em parte, porque estava à espera de muito mais!

Paulo, sempre quis ser famosa e já coloquei no teu blog a minha resposta. Sim, aceito!

Miss Alcor 8:58 da tarde, outubro 29, 2007  

Eu pelo contrário adorei o filme!
Acho que as atitudes dela não são fáceis de compreender, e muito menos de empatizar.
Mas o que é certo é que na situação emocional em que ela se encontrava, não é uma atitude difícil de ter.
Há momentos em que parece que não existe justiça no mundo. Ela simplesmente agiu de modo a procurar essa justiça.
Nenhuma das mortes foi errada. Talvez exagerada, mas não erradas. Agora, uma coisa é certa, se todos fizessem justiça pelas próprias mãos, o mundo estava perdido.
Achei o filme lindo. E poético na sua maneira de interpretar o mundo.

Miss Alcor 9:19 da tarde, outubro 29, 2007  

Ok! Eu compreendo perfeitamente a tua posição.
Mas às vezes sinto-me tanto como ela (não com uma fúria assassina capaz de matar!!!!), mas como se vivesse com uma estranha. Como se às vezes fosse duas... aquela que eu gostaria de ser, e aquela que consigo ser, por determinantes da vida!
Talvez por isso me tenha identificado tanto com o filme.
Por isso é que a arte são momentos: não dependem só da personalidade, mas também do momento da vida que atravessamos na altura!

;)

Mary 9:23 da tarde, outubro 29, 2007  

Não duvido que deve ser péssimo passar por aquilo que ela passou e depois saber que a justiça não funcionará.
Compreendo que ela tenha descoberto um lado que desconhecia e que é totalmente diferente do normal.
Compreendo os actos dela, apesar de não concordar com eles.
Não compreendo o final...

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