sábado, 30 de julho de 2011

Das noites bem passadas...

Bebidas (até provei uma cerveja preta de chocolate e gostei), conversas, risos, aperitivos, um baralho de carta e uma mala de poker. Tudo, na melhor das companhias: os amigos.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Pensamentos sextafeirianos #119

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Dos pecados... #2

[Snickers]
Tenho um na mala. Comê-lo ou não, eis a questão.

Das opções...

opção
s. f.
Acto ou faculdade de optar; livre escolha.

Estar solteir0(a) aos 30. Não ter filhos no início do casamento. Deixar uma relação com mais momentos de sofrimento que alegrias. Casar numa cerimónia simples ou sem festa. Não querer ter filhos. Viver numa casa alugada. Etc.

Sejam elas egoístas ou não, as opções só dizem respeito às pessoas que as tomam e não devem ser questionadas por terceiros.

E quantas vezes não é própria vida que deixa as pessoas sem opções?

terça-feira, 26 de julho de 2011

Das situações embaraçosas...

Enquanto andava às compras, cruzei-me com uma antiga colega de curso que já tinha sido mãe. Depois das habituais introduções, seguiu-se o seguinte diálogo.

Eu (a apontar para a barriga dela): então, já tens aí outro?
Ela: não, já nasceu. É que isso demora algum tempo a ir ao lugar, sabes?

Mães que me estão a ler, se a vossa barriga de grávida ainda não desapareceu, façam o favor de andar com o carrinho sempre ao vosso lado, ok?
Ambas saimos a ganhar: vocês deixam de ouvir que a vossa barriga ainda está grande e eu escuso de passar uma vergonha tão grande e que horas depois continua a martirizar-me.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

A Solidão dos Números Primos

Título original: La Solitudine dei Numeri Primi
Género: Romance
Autor: Paolo Giordano
Ano: 2008

Sinopse: Alice é obrigada pelo pai a frequentar um curso de esqui para ser forte e competitiva, mas um acidente terrível deixará marcas no seu corpo para sempre. Mattia é um menino muito inteligente cuja irmã gémea é deficiente. Quando são convidados para uma festa de anos, ele deixa-a sozinha num banco de jardim e nunca mais torna a vê-la. Estes dois episódios irreversíveis marcarão a vida de ambos para sempre. Quando estes "números primos" se encontram são como gémeos, que partilham uma dor muda que mais ninguém pode compreender. Ganhou o prémio Strega e a menção honrosa do Campiello, os dois prémios literários mais importantes de Itália, e está a ser traduzido em mais de 20 países. (in Wook)

Ela nunca gostou de esqui, mas, pelo pai, acaba por ceder e frequentar um curso, acabando por sofrer um acidente que mudará para sempre o seu corpo. Ele é irmão gêmeo de uma menina "especial". A primeira vez que são convidados para uma festa de aniversário, ele sente vergonha da irmã e acaba por deixá-la sozinha num banco de jardim. Ao regressar, depara-se com um banco vazio: a irmã tinha desaparecido.
Ela é Alice. Ele é Mattia. A convergência de duas histórias diferentes com um denominador comum: a incapacidade de encaixar onde todos os outros encaixam com facilidade.

(...) Entre os matemáticos é convicção comum que por mais que se avance na contagem, existirão sempre mais dois, ainda que ninguém saiba dizer onde, até serem descobertos.
Mattia achava que ele e Alice eram assim, dois primos gêmeos, sós e perdidos, próximos mas não o suficiente para se tocarem realmente. A ela nunca lho dissera.
São apresentados ainda crianças e acompanhamos o seu crescimento: Alice, a jovem praticante de esqui, cresce para se apaixonar por fotografia. Mattia, membro de uma família destroçada após o desaparecimento da irmã, trilha os caminhos dos estudos até chegar a professor de matématica.
Neste percurso, os dois encontram-se e partilham um sentimento tão forte que Giordano explica com recurso à matemática.

Não há como fugir à fortíssima componente matemática do livro: começa-se pelo título e depois pelo Mattia, um aficionado por fórmulas, teorias e teoremas e que passa a maior parte da vida a ver fórmulas matemáticas onde os outros apenas vêm "coisas". Refugia-se na matemática, um universo onde todas as perguntas têm respostas e todos os resultados podem ser provados por a+b.

"Sugestivo, surpreendente, emocionante, que se lê como quem come um hambúrguer do McDonald's: devorando-se" é uma das frases que acompanha o livro.
Não podia concordar mais. Umas dentadas mais duras e cruas e outras mais macias, mas com cada dentada a fazer-nos querer mais um bocado e a desejar que não seja a última porque estamos a gostar da degustação.
(4/5)

Hot Monday #99

Mais uma Segunda-feira de trabalho e sem perspectivas de ver o sol. Mais uma das muitas razões que fazem um post com um homem e uma mulher giros, com o sol nos cabelos, tão necessário.

[Kaiwi Lyman, 27 anos e Hannah Pilkes, 18 anos]

sábado, 23 de julho de 2011

Dos fumadores...

Antes de mais, queria deixar bem claro que não tenho nada contra quem fuma, mas sim contra escolhe fumar em sítios que incomodam quem não fuma. É um acto que mostra muita falta de respeito.

Enquanto esperava o comboio, na estação do Rossio, e lia o meu livro, dividia um banco de um lado com um senhor e do outro com uma mãe e um menino com 5/6 anos.
Estava uma ventania do caraças.

Com mais pessoas a chegarem, calha uma senhora sentar-se entre mim e o senhor e depois outra ao meu lado. Passam 5 minutos e a primeira senhora acende um cigarro.
Penso para os meus botões: vai levantar-se e fumar mais à frente onde não há mais ninguém.
Não podia estar mais enganada.
Fumou o seu cigarro, mas não sem antes ter-nos enchido de fumo e faúlhas (não sei se é este o nome) e, mesmo depois de ter-me atingido com o resto do cigarro nos pés, não foi capaz de pedir desculpas.

Haja paciência para a falta de respeito.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Catarina ou o Sabor da Maçã

Título original: Catarina ou o Sabor da Maçã
Género: Romance
Autor: António Alçada Baptista
Ano: 1988

Sinopse: Nesta interessante análise dos comportamentos humanos que informa toda a trama novelesca, o narrador desdobra-se em observador, distanciando-se do vivido, e em participante, envolvendo-se, para melhor compreender. Assim nos dá a conhecer Catarina, doce e adorável mulher que no entanto abriga em si uma perigosa atracção pelo abismo. A leitura deste romance é sempre renovado pelo prazer de saborear a prosa de Alçada e, simultaneamente, experiência de inquietação, o que, de resto, caracteriza toda a obra do autor. (in Wook)

Felipe apaixona-se por Catarina. Sabendo que ela mantinha uma amizade com um dos seus amigos, arrisca um pedido de ajuda para conquistar a jovem. O amigo, que é quem está a contar a história, ao aproximar-se da inteligente e bonita Catarina começa a olhá-la com outros olhos. Quando Felipe recebe e aceita uma proposta de trabalho no estrangeiro, o amigo vê aumentar as suas chances com a jovem.

- Talvez fosse possível ensinar as pessoas a ver nascer o Sol...
Eu perguntei:
- E a ti, quem te ensinou?
- Tudo me ensinou: o meu pai, a minha mãe, o mundo em que eu nasci...Tudo mais ou menos me preparou para coisas destas. Viver é capaz de ser uma educação de sentimentos.
- Sim. É capaz de ser, só que nós temos uma imensa capacidade de sermos infiéis às coisas para que fomos feitos.
A história de Felipe e Catarina serve de ponto de partida para aproximadamente 90 páginas onde são abordados temas relacionados com o ser humano e as suas atitudes e comportamentos perante determinadas situações da vida.
António Alçada Baptista analisa situações tão ambíguas como um momento de pura felicidade onde se aprecia a beleza da natureza ou as acções que levam alguém a bater no fundo do poço e a não conseguir arranjar forças ou apoios para sair do buraco, transformando-se na vergonha da sociedade dita civilizada.

A Patxocas acha que é um livro que mais pessoas deveriam ler e eu aceitei o desafio. Gostei.
(4/5)

Pensamentos sextafeirianos #118

Da sala...

Depois do sofá, das almofadas e dos cortinados, faltava apenas o móvel de televisão para concluír a "operação sala - parte I". Pode ter demorado a chegar cá, e demorou bastante, mas está exactamente como queria e o preço foi um miminho.

Sábado já está reservado para limpezas e arrumação. Finalmente, vou poder receber visitas e "fazer sala" em vez de "fazer sotão".

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Dos pecados...

E não é que o Continente inventou que tinha de vender também petit gâteau de caramelo? E são tão bons...

terça-feira, 19 de julho de 2011

Dos exames médicos...

As consultas da Higiene e Segurança no Trabalho trazem o pânico ao office. Se há dois anos fizemos uma pool com o valor do colesterol, este ano centramos as atenções na recomendação do médico de quantos quilos cada um dos overweighted precisa perder. Dos dois que já foram à consulta, um foi considerado obeso e outro hipertenso. Aindam faltam 7.

Tendo em conta que já não vamos para novos e a idade tem destas coisas, a conversa ontem foi toda ela à volta das dietas e exercício físico.

Contagiados e preocupados, ontem foi dia de começar o novo plano de saúde do casal.

Objectivo
:

  • diminuir o sal por causa da possibilidade de hipertensão do esposo (o médico ainda não está certo que os valores altos não possam estar relacionados com stress do trabalho);
  • perder os 6 quilos que o esposo tem a mais;
  • continuar a minha luta contra a celulite.

Embora a chuva não quiz dar-nos tréguas, programamos o forno para assar a dourada (modernidades que adoro e que fazem todo o sentido nos dias que correm) e fomos fazer uma caminhada à beira rio. Como o tempo ficou mesmo mau, fizemos apenas metade do percurso (aproximadamente 3,5 km).

Banho. Jantar. Televisão. Internet. Leitura. Cama. Day #1 - done!

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Papillon

Título original: Papillon
Género: Autobiografia
Autor: Henry Charrière
Ano: 1969

Sinopse: Obra extraordinária sobre a vida dos condenados ao degredo e um retrato por vezes irónico e por vezes brutal das prisões sul-americanas, Papillon é também a história de um homem que mesmo entre as maiores adversidades não se lamenta, não se conforma, não se deixa abater e que ao atravessar as mais desumanas condições de vida persiste no seu ideal de justiça, de amizade e de fé no ser humano. (in Wook)

França, Outubro de 1931. Henry Charrière, conhecido também como Papillon, é condenado aos trabalhos forçados, pena a ser cumprida na prisão da Ilha do Diabo, por um crime que garante não ter cometido.
Venezuela, October de 1945. Papillon torna-se um homem livre.
14 anos que marcam a vida de um homem que resolveu contar a sua história sobre os anos na prisão, as sucessivas fugas, as amizades, os amores, as mortes, as peripécias, o sofrimento, as perdas, as artimanhas, etc.

Vestir alguém quando se é rico ou abastado, dar de comer a um estrangeiro que tem fome quando nada falta em casa para a família, é, de qualquer maneira, uma demonstração de bondade, mas dividir em dois um pedaço de broa de milhor, (...), que não é suficiente para toda a família, repartir a refeição frugal com um estrangeiro e, ainda mais, com um fugitivo da justiça, isso é admirável!
Impressionante é a palavra que exprime o estado de espiríto de quem acaba de ler todo o percurso de Papillon. Tal como alguns sugerem, quase que chega a roçar a ficção, levando o leitor a duvidar que lhe tenha mesmo acontecido tudo que narra no livro.

A descrição dos acontecimentos é feita de forma crua e sem floreados. Cheguei a arrepiar-me com a descrição do processo para guardar e manter o "governo", bem como a passagem do autor pela ilha dos leprosos, embora tenha adicionado alguma brincadeira a este acontecimento, acabando por aligeirar um momento muito dramático.

Este livro relata a impressionante aventura de um homem que mesmo a viver a pior das situações não baixou os braços. Um exemplo de vida e coragem.
(4/5)

P.S: obrigada, Kris. Adorei!

Hot Monday #98

Mais uma Segunda-feira de trabalho, com metade do mundo de férias e outra metade a falar das férias. Mais uma das muitas razões que fazem um post com um homem e uma mulher giros, tão necessário.

[Ian Harding, 24 anos e Amber Heard, 25 anos]

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Pensamentos sextafeirianos #117

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Das minhas plantas e flores...

Apesar de não ter muito jeitinho para tratá-las e, principalmente, mantê-las vivas, adorava ter a casa cheia de plantas e flores.

Por enquanto, está assim:

1) Bambús do hall de entrada: já foram 4, mas um deles foi-se. Os enrolados são do Ikea e o outro foi lembrança dos noivos em Abril de 2010;

2) Untitled da casa de banho: não lhe conheço o nome e só sei que tem umas florzinhas cor-de-rosa. Fizeram parte da decoração da igreja no casamento de Junho de 2011;

3) Orquídea da cozinha: veio do Ikea, so far, está a portar-se bem e já tem 9 flores (sim, ando a contá-las). Chegou à cozinha em Junho de 2011.

Já só falta arranjar uma planta para a varanda e manter as que cá estão vivas.
Easy? Not really!

quarta-feira, 13 de julho de 2011

A Fúria dos Reis

(Contém spoilers para quem não leu os livros I e II)

Título original: A Clash of Kings
Género: Fantasia
Autor: George R. R. Martin
Ano: 1998

Sinopse:
Quando um cometa vermelho surge nos céus de Westeros encontra os Sete Reinos em plena guerra civil. Os combates estendem-se pelas terras fluviais e os grandes exércitos dos Stark e dos Lannister preparam-se para o derradeiro embate. No seu domínio insular, Stannis, irmão do falecido Rei Robert, luta por construir um exército que suporte a sua reivindicação ao trono e alia-se a uma misteriosa religião vinda do oriente. Mas não é o único, pois o seu irmão mais novo também se proclama rei, suportado por uma hoste que reúne quase todas as forças do sul. Para pior as coisas, nas Ilhas de Ferro, os Greyjoy planeiam a vingança contra aqueles que os humilharam dez anos atrás.
O Trono de Ferro é ocupado pelo caprichoso filho de Robert, Joffrey, mas quem de facto governa é a sua cruel e maquiavélica mãe. Com a afluência de refugiados e um fornecimento insuficiente de mantimentos, a cidade transformou-se num lugar perigoso, e a Corte aguarda com medo o momento em que os dois irmãos do falecido rei avancem contra ela. Mas quando finalmente o fazem, não é contra a cidade que investem...
O que os Sete Reinos não sabem é que nada disto se compara ao derradeiro perigo que se avizinha: no distante Leste, os dragões crescem em poder, e não faltará muito para que cheguem com fogo e morte! (in Wook)

Como sugere o título, é chegada a hora dos reis, auto-intitulados ou não, travarem batalhas para conquistarem os Sete Reinos ou levar a sua vingança até aos Lannisters.
Joffrey, proclamado rei depois da morte do pai, reina a partir de Porto Real. Robb Stark, designado rei do Norte, deseja vingar a morte do pai e libertar as irmãs Arya e Sansa. Renly, irmão mais novo de Robert, junta-se às casas do Sul e entra na disputa pelo trono também disputado por Stannis, o irmão mais velho. Nesta equação, convém não esquecer os dragões de Dany e a sede de vingança dos homens das ilhas de Ferro.
O medo corta mais profundamente do que as espadas, dizia Arya a si própria, mas isso não fazia com que o medo desaparecesse. Fazia tanto parte dos seus dias como pão bolorento e as bolhas nos pés depois de um longo dia de caminhada pela estrada dura e sulcada.
Enquanto Jofrey brinca aos reinos, é o tio Tyrion, em substituíção do pai como Mão do Rei, que toma as decisões em Porto Real e usa a sua inteligência e perspicácia para perceber quem está do lado dele e quem está do lado da irmã Cersei.
Arya continua a sua jornada, tendo que enfrentar cada vez mais dificuldades.

Batalhas são travadas, victórias são conquistadas, baixas são contadas, alianças são tentadas, feitiços são lançados e, no fim, chega uma surpresa inesperada e que vai dar outro rumo à história.
Este é o menos bom dos três livros que já terminei.

Personagens favoritos: Tyrion e Arya.
Personagens mais odiados: Joffrey.
(3/5)

terça-feira, 12 de julho de 2011

Dos aniversários...

My little sister is 22. Happy birthday, love!

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Hot Monday #97

Seja Segunda-feira ou outro dia qualquer, já não há paciência para ouvir falar da Moody's. Mais uma das muitas razões que fazem um post com um homem (sugestão e escolha de imagem da Kris) e uma mulher giros, tão necessário.

[Harry Lloyd, 27 anos e Emmanuelle Vaugier, 35 anos]

domingo, 10 de julho de 2011

A Metamorfose

Título original: Die Verwandlung
Género: Ficção
Autor: Franz Kafka
Ano: 1915

Sinopse: "A Metamorfose" (1915), obra extraordinária, que nos conta a história de Gregor Samsa, um caixeiro-viajante que suportava financeiramente a sua família e que certa manhã se viu transformado num insecto. Impossibilitado de ir para o trabalho e incapaz de comunicar com os seus familiares, Gregor Samsa vai tornando-se um peso insuportável para estes e sendo relegado para uma situação de marginalização. Narrativa simbólica, "A Metamorfose" reflecte sobre a angústia individual, a solidão e a desesperança humana. (in Wook)

Gregor Samsa é um jovem caixeiro viajante e o sustento da sua família, composta pelos pais e pela irmã. Numa manhã como tantas outras, Gregor acorda para começar mais um dia de trabalho, mas sente que há algo de errado com o seu corpo. Dormiu homem e acordou insecto.
O atraso de Gregor levanta suspeitas na família que se dirige ao quarto do jovem para perceber o que se passa, mas este não abre a porta. O tempo continua a passar e o jovem recusa-se a sair do quarto. Tocam à campaínha e é o chefe de Gregor a pedir explicações sobre o atraso do jovem. Como sair do quarto e explicar a sua aparência?

Mas, agora, surgia como qualquer um, bem direito, vestido com uma farda azul com botões dourados, tal como vestem os contínuos nos bancos, o seu poderoso duplo-queixo assente sobre a rígida gola alta do seu casaco: sob umas sobrancelhas espessas, uns olhos negros lançavam olhares vivos e vigilantes; uns calebos brancos, outrora emaranhados, dispunham-se agora cuidadosamente penteados, separados por uma risca impecável.
Kafka conta neste livro uma pequena história sobre dois tipos de transformação: a física de Gregor e a psicológica da sua família. Gregor está num corpo diferente, sobre a qual não tem controlo, mas que com o passar do tempo começa a aceitar. Aos olhos da família, ele transformou-se num "monstro", que têm dificuldade em aceitar e que "roubou" a sua única fonte de sustento.

Em poucas páginas, o autor faz uma crítica sobre aparências, quando transforma Gregor num ser repugnante, mas também sobre a aceitação, ao apresentar as reacções dos diferentes membros da sua família.

Uma rápida leitura para uma reflexão prolongada...
(3/5)

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Pensamentos sextafeirianos #116

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Jane Eyre

Título original: Jane Eyre
Género: Romance
Autor: Charlotte Brontë
Ano: 1847

Sinopse: Considerada uma obra-prima da literatura inglesa, Jane Eyre é um romance da escritora inglesa Charlotte Brontë, publicado no século XIX, mais precisamente em 1847. Jane Eyre é uma autobiografia ficcionada da protagonista que, depois de uma infância e adolescência desprovidas de afecto, se torna preceptora em Thornfield Hall e se apaixona pelo seu proprietário, Mr. Rochester. Uma história sobre a liberdade humana, repleta de elementos dramáticos (incêndios, tempestades, tentativas de homicídio) que compõem uma atmosfera de mistério e suspense. (in Wook)

Após a morte dos pais, Jane Eyre é levada a viver com o tio, a esposa deste e os primos, John e Eliza. Presa à promessa que fez ao marido, no leito da morte, de continuar a cuidar da sobrinha, Sarah maltrata Jane e serve-se das piores artimanhas para mantê-la afastada dos filhos. Quando todos os seus planos falham, Sarah toma a decisão de enviar Jane para Lowood School, uma escola primária destinada a crianças órfãs.
Nos anos que passou em Lowood, Jane, que foi aluna e professora, teve a oportunidade de instruír-se, ganhar a sua liberdade, ser independente e fugir dos maltratos da tia. Quando decide abandonar a escola e ser preceptora, Jane conhece Rochester e começa uma nova fase na sua vida.

Convencionalismo não é moralidade. Arrogância não é religião. Atacar os primeiros não é combater as últimas. Arrancar a máscara da cara de um fariseu não é levar uma ímpia à Coroa de Espinhos. Trata-se de coisas e gestos diametralmente opostos, tão diferentes como o vício é da virtude. Os homens têm tendência a confundi-los. Não o deveriam fazer. A aparência não pode ser confundida com a verdade.
De menina a mulher, Charlotte conta a sua história na primeira pessoa e faz isso numa constante interacção com o seus ouvintes. Mostra o seu ponto de vista, faz-nos perguntas, tenta adivinhar os nossos pensamentos e justifica as suas opções antecipamdo a nossa desconfiança.
Somos apresentados a uma Jane sofrida e maltratada, que cresce para transformar-se numa adolescente exemplar e, por fim, numa mulher independente e apaixonada.

Uma leitura simples, apaixonante, com uma dose de mistério e um punhado de personagens misteriosos e envolventes.

Não é segredo a minha preferência por clássicos e quando se lhe junta uma autobiografia, ainda que ficcionada, a leitura tem tudo para correr bem.
Gostei.
(4/5)

  © Blogger template 'Morning Drink' by Ourblogtemplates.com 2008

Back to TOP