segunda-feira, 18 de julho de 2011

Papillon

Título original: Papillon
Género: Autobiografia
Autor: Henry Charrière
Ano: 1969

Sinopse: Obra extraordinária sobre a vida dos condenados ao degredo e um retrato por vezes irónico e por vezes brutal das prisões sul-americanas, Papillon é também a história de um homem que mesmo entre as maiores adversidades não se lamenta, não se conforma, não se deixa abater e que ao atravessar as mais desumanas condições de vida persiste no seu ideal de justiça, de amizade e de fé no ser humano. (in Wook)

França, Outubro de 1931. Henry Charrière, conhecido também como Papillon, é condenado aos trabalhos forçados, pena a ser cumprida na prisão da Ilha do Diabo, por um crime que garante não ter cometido.
Venezuela, October de 1945. Papillon torna-se um homem livre.
14 anos que marcam a vida de um homem que resolveu contar a sua história sobre os anos na prisão, as sucessivas fugas, as amizades, os amores, as mortes, as peripécias, o sofrimento, as perdas, as artimanhas, etc.

Vestir alguém quando se é rico ou abastado, dar de comer a um estrangeiro que tem fome quando nada falta em casa para a família, é, de qualquer maneira, uma demonstração de bondade, mas dividir em dois um pedaço de broa de milhor, (...), que não é suficiente para toda a família, repartir a refeição frugal com um estrangeiro e, ainda mais, com um fugitivo da justiça, isso é admirável!
Impressionante é a palavra que exprime o estado de espiríto de quem acaba de ler todo o percurso de Papillon. Tal como alguns sugerem, quase que chega a roçar a ficção, levando o leitor a duvidar que lhe tenha mesmo acontecido tudo que narra no livro.

A descrição dos acontecimentos é feita de forma crua e sem floreados. Cheguei a arrepiar-me com a descrição do processo para guardar e manter o "governo", bem como a passagem do autor pela ilha dos leprosos, embora tenha adicionado alguma brincadeira a este acontecimento, acabando por aligeirar um momento muito dramático.

Este livro relata a impressionante aventura de um homem que mesmo a viver a pior das situações não baixou os braços. Um exemplo de vida e coragem.
(4/5)

P.S: obrigada, Kris. Adorei!

1 Comentário(s):

Kris 9:41 da manhã, julho 19, 2011  

ainda hoje quando vejo sopa de lentilhas me lembro de quando ele estava na solitária e lhe davam sopa de lentilhas e um pedaço de carne.

recordo-me que chega a um ponto em que ele "nunca mais foge", mas no meu livro tinha uma frase de um famoso qualquer a dizer que ele escreve como pensa, acho que é isso que faz o livro diferente.

Fico contente por teres gostado :)

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