A Ofensa
Título original: La Ofensa
Autor: Ricardo Menéndez Salmón
Sinopse: se o corpo é a fronteira entre cada um de nós e o mundo, como pode o corpo defender-nos do horror? Quanta dor pode um homem suportar? Pode o amor salvar aquele que perdeu a esperança? São estas algumas das perguntas implícitas em A Ofensa, a história de Kurt Crüwell, um jovem alfaiate alemão empurrado pelo nazismo para o vórtice de uma experiência radical e insólita.
Metáfora de um século trágico, viagem vertiginosa às raízes do Mal, A Ofensa afirmou Ricardo Menéndez Salmón como um dos grandes nomes da jovem ficção espanhola (in, Wook).
Sinopse: se o corpo é a fronteira entre cada um de nós e o mundo, como pode o corpo defender-nos do horror? Quanta dor pode um homem suportar? Pode o amor salvar aquele que perdeu a esperança? São estas algumas das perguntas implícitas em A Ofensa, a história de Kurt Crüwell, um jovem alfaiate alemão empurrado pelo nazismo para o vórtice de uma experiência radical e insólita.
Metáfora de um século trágico, viagem vertiginosa às raízes do Mal, A Ofensa afirmou Ricardo Menéndez Salmón como um dos grandes nomes da jovem ficção espanhola (in, Wook).
Kurt deixa para trás a pacata vida de alfaiate para encarnar o papel de soldado, numa guerra onde é obrigado a viver e conviver com as piores atrocidades que os homens podem cometer contra outros homens. Estas experiências moldam Kurt, transformando-o num homem completamente distinto do jovem alfaite de 24 anos.
O livro tem poucas páginas, mas é rico em contéudo. Na minha singela opinião, um bom livro ou uma boa escrita, é também aquele que nos faz questionar aspectos da nossa vida que, no caso em questão, são os nossos limites.
Ricardo Menéndez Salmón segura o leitor desde a primeira página. Usa a vida e história de Kurt para fazer-nos questionar que dores o ser humano é capaz de aguentar, que subtérfugios usa para camuflá-la e em que se segura para nunca mais ter de passar pelos mesmos sofrimentos.
(...) Porque o homem enfraquece, distrai-se, corrompe-se, mas a sua memória permance firme, sempre na primeira linha, icorruptível; de maneira que, enquanto o homem tropeça, ou arrefece, ou perde os dentes, ou ergue muralhas, ou se disfarça, ou devora os seus semelhantes, ela permanece alerta, absorvendo tudo, guardando tudo, classificando tudo: cavando, cavando, cavando.
É uma história muito triste, contada de forma simples e acessível, sobre o sofrimento e os limites do ser humano, temperado com pitadas de amor, romance, esperança e mistério.
Este livro foi uma recomendação do "O Caso das Mangas Explosivas". É o primeiro que leio do autor e gostei bastante. Recomendo!
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