quinta-feira, 18 de outubro de 2012

O Hipnotista

Título original: Hypnotisören
Género: Policial
Autor: Lars Kepler
Ano: 2009

Sinopse: Erik Maria Bark é o mais famoso hipnotista da Suécia. Acusado de falta de ética, e com o casamento à beira do colapso, jurou publicamente nunca mais praticar a hipnose nos seus pacientes e há dez anos que se mantém fiel à sua promessa. Até agora.
Estocolmo. Uma família é brutalmente assassinada e a única testemunha está internada no hospital em estado de choque; Josef Ek, de apenas 15 anos, presenciou o massacre dos seus pais e irmã mais nova, sendo ele próprio encontrado numa poça de sangue, vivo por milagre.
Nessa mesma noite, Erik Maria Bark recebe um telefonema do comissário Joona Linna solicitando os seus serviços - urge descobrir a identidade do assassino e para tal Josef deverá ser hipnotizado. Erik aceita a missão com relutância, longe de imaginar que o que vai encontrar pela frente é um pesadelo capaz de ultrapassar os seus piores receios.
Dias mais tarde, o seu filho de 15 anos, Benjamin, é sequestrado da própria casa. Haverá uma ligação entre estes dois casos? Para salvar a vida de Benjamin, o hipnotista deverá enfrentar os fantasmas do seu passado e mergulhar nas mentes mais sombrias e perversas que jamais poderia imaginar; o que tinha por difuso revela-se abominável, o que tinha por suspeito surge como demoníaco. Para Erik, a contagem regressiva já começou...
Uma leitura compulsiva carregada de suspense. Um mistério caracterizado por estranhos e inesperados contornos. (in Wook)

Josef Ek, um jovem de 15 anos, está em estado crítico depois de ter sobrevivido a um brutal assassinato, em que o pai, a mãe e a irmã mais nova não tiveram a mesma sorte.
Joona Linna, investigador encarregado do caso, acredita que a irmã mais velha de Josef, a viver sozinha durante os trágicos acontecimentos, será a próxima vítima e está disposto a fazer tudo para protegê-la.
Com a sua única possível testemunha em estado de coma, Lima vê em Erik Maria Bark a solução para descobrir alguma pista que o possa conduzir ao assassino. Erik, que jurara no passado não voltar a usar hipnose nos seus pacientes, vive agora o dilema de quebrar uma promessa e evitar a possível morte de uma jovem ou manter a sua palavra e esperar pelo melhor. Como escolher quando qualquer umas das opções pode acarretar consequências drásticas?

Simone acorda às cinco horas da manhã. Kennet deve tê-la levado ao colo para a cama e tapado com o edredão. Levanta-se e vai diretamente ao quarto de Benjamin, com uma ardente esperança no peito, mas a sensação desaparece quando se detém no umbral da porta.
O quarto está vazio.
(extracto retirado da pág. 197)

Um dos meus ódios de estimação é comprar gato por lebre. Não quero com este desabafo dizer que o livro tenha sido mau ou que não gostei de lê-lo, mas daí a ter-me sido vendido como a dupla que vai substituír Stieg Larsson e, quem sabe, suplantá-lo, talvez tenha sido um tanto ou quanto exagerado.

Esta leitura teve duas partes distintas. Na primeira, deparamo-nos com um crime horrível e é preciso descobrir o que aconteceu e, mais importante ainda, a pessoa que está por trás de tamanhas atrocidades. A descrição dos crimes é levada aos mínimos pormenores e sem nunca tentar esconder a violência com que foram cometidos. O enredo é viciante e a sede da descoberta faz com que as páginas tenham de ser devoradas umas atrás das outras.

Numa segunda parte, as coisas arrefecem um pouco. O leitor já sabe quem é o assassino e é chegada a altura de perceber as suas motivações e os seus passos seguintes. Paralelamente ao tema central dos assassinatos, vão desenrolando outras histórias, como por exemplo, os acontecimentos relacionados com o rapto do filho de Erik Marisa Bark e Simone.

A determinada altura do enredo, a hipnose ou o tratamento de traumas através da hipnose, foco central da trama, acaba, na minha opinião, por tornar-se em algo secante e um tanto ou quanto confusa. Compreende-se a intensão dos autores em cruzar os dois núcleos principais da história e assim poder mostrar as consequências provocadas pela decisão de Erik, mas acho que talvez fosse melhor fazê-lo de forma a ocupar menos páginas na história. 

Resumindo, se a obra fosse "vendida" como uma história policial escrito por duas pesssoas e não como um livro assombrado pela trilogia Millennium, seria uma boa leitura.
(3/5)

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