Eu nunca...
... votei.
A 5 de Julho de 1975, o meu país de origem (gosto bastante desta expressão) deixa de ser uma colónia portuguesa, torna-se num país independente e vive durante 15 anos sob o regime de Partido Único. A revisão da constituíção, no ínicio da década de noventa, altera o panorama político e provoca o aparecimento de novos partidos e de novos ideais políticos: ouve-se falar em Democracia. Em Janeiro de 91, o povo é convidado a ir às urnas para as primeiras eleições livres e democráticas. Tinha 10 anos.
Em 96, o país volta a escolher os seus governantes. Faltava pouco, mais um mandato e chegaria a minha vez de fazer uma cruz num boletim de voto, pensei eu. Faço 18 anos em 99 e corro a recenciar-me: estava apta para votar. Final de 1999, deixo o meu país.
Com 20 anos, jovem e imatura, esquivo-me com a desculpa esfarrapada de ter de deslocar-me a Lisboa ou Coimbra para votar. Nas próximas eleições e até então, acho que não tenho "direito" a votar numas eleições que não me dizem respeito.
Não é o país onde vivo. Não é o país onde trabalho. Não estou por dentro dos problemas do país. Não conheço as propostas eleitorais, nem como estas irão mudar a vida daqueles que lá vivem. Não faço parte daquele panorama político.
No dia que poder votar cá, será a minha primeira vez.
4 Comentário(s):
Eu também... NUNCA! Oops!
A única vez que votei porque senti que era a minha obrigação, foi no referendo para o aborto. De resto, para que servem mesmo as eleições?!?!?
Como se costuma dizer mudam as moscas, mas a m***** é a mesma!
Star, discordo com o que dizes e penso que todos devem votar, quanto mais não seja em branco, se nenhum dos programas agradar. Opinions!
tb concordo com o que aqui dizes Mary...tanta gente lutou para nos dar a oportunidade de termos a nossa palavra num voto,mas ha pessoas demasiado comodistas...
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