terça-feira, 14 de julho de 2009

Book@Outubro

Título: O quase fim do mundo, Pepetela.
Sinopse: Chamo-me Simba Ukolo, sou africano, e sobrevivi ao fim do mundo.E se a vida animal de repente desaparecesse da Terra, excepto num pequeno recanto do mundo e em doses mínimas? Talvez as causas se conheçam depois, mas o que importa é a existência de alguns seres, aturdidos pelo desaparecimento de tantos, e procurando sobreviver. É sobre estes sobreviventes e as suas reacções, desejos, frustrações mas também pequenas/grandes vitórias que trata este romance. Detalhe importante: o recanto do mundo que escapou à hecatombe situa-se numa desgraçada zona da desgraçada África. O que permitirá questionar as relações contemporâneas no velho Mundo.(in, Wook)

Num dia igual a tantos outros e sem que nada o previsse, tudo desaparecera na remota cidade de Calpe. E agora, o que fazer? Simba, aparentemente o único sobrevivente, procura respostas para o sucedido e encontra, na sua jornada, outras pessoas e alguns animais de pequeno porte. Não há comunicação com o resto do mundo e, à medida que o grupo cresce, surge a necessidade de organizarem e juntos perceberem o que aconteceu ao mundo.

Pepetela reúne, em torno de um problema comum, um grupo de pessoas completamente diferentes e explora essas diferenças de forma simples, no entanto muito inteligente. Têm personalidades diferentes, habilitações literárias diferentes, profissões diferentes, religiões diferentes e histórias de vida diferentes. Os vários pontos de vista sobre o que aconteceu ao mundo ou o que fazer a seguir, provocam choques constantes entre os sobreviventes.

Durante a viagem daqueles que representam a esperança da raça humana, o autor faz um percurso pela História de alguns países do continente africano, com uma passagem pelos seus principais monumentos e atracções turísticos. Há ainda outras viagens sobre as quais não posso falar porque contém spoilers.
Como a narrativa sustenta o suspense até às ultimas páginas, a última centena foi devorada de uma assentada, ontem à noite. Não conseguiria dormir sem saber afinal o que tinha acontecido ao mundo. Confesso que fiquei um bocadinho desiludida com o final. Estava à espera de mais qualquer coisa, embora não consiga dizer bem que coisa.
O livro é um ode a África. Leiam-no!

Book@Novembro: a leitura seguinte sofreu uma pequena alteração. Inicialmente era para ler o livro As Velas Ardem até ao Fim, mas ontem uma amiga fez-me mudar de ideias e ler antes O Estrangeiro de Albert Camus. Não tenho noção de alguma vez ter lido algo do autor e se o fiz já foi há imenso tempo. Surpreenda-me, Camus!

3 Comentário(s):

Anónimo 9:52 da manhã, julho 15, 2009  

"as velas ardem até ao fim" é lindíssimo...tenta ler também:)

Anónimo 10:43 da manhã, julho 15, 2009  

Li Camus no secundário, há já algum tempo...não achei grande coisa..enfim.

Mary 11:57 da manhã, julho 15, 2009  

HannaH, será logo a seguir. Esta Camus tem poucas páginas e não demorará muito tempo.

Ogolbo, mesmo que não chegue a gostar do livro, adorei o texto do Satre, no início do livro.

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