terça-feira, 28 de julho de 2009

Book@Dezembro

Título: As Velas Ardem até ao Fim, Sándor Márai.
Sinopse: Um pequeno castelo de caça na Hungria, onde outrora se celebravam elegantes saraus e cujos salões decorados ao estilo francês se enchiam da música de Chopin, mudou radicalmente de aspecto. O esplendor de então já não existe, tudo anuncia o final de uma época. Dois homens, amigos inseparáveis na juventude, sentam-se a jantar depois de quarenta anos sem se verem. Um, passou muito tempo no Extremo Oriente, o outro, ao contrário, permaneceu na sua propriedade. Mas ambos viveram à espera deste momento, pois entre eles interpõe-se um segredo de uma força singular....(in, Wook)

Henrik recebe Kónrad em sua casa, após 41 anos e 43 dias. Tenciona fazer-lhe apenas duas perguntas. O anfitrião e o convidado foram amigos enquanto jovens, mas esta relação e respectivo rompimento escondem um terrível segredo. Que começe o tão esperado e planeado jantar.

É através dos diálogos (ou melhor dizendo, dos monólogos) e a pouco e pouco que o leitor é conduzido até ao momento da ruptura dos dois. Durante esta viagem ao passado, o escritor apresenta-nos os contornos daquele dia trágico (as causas e todas as suas consequências) e ficamos a conhecer a grande amizade que unia estes dois homens.

(...)
Era bom saber – continua, como se discutisse consigo próprio -, se existe amizade realmente? Não me refiro àquele prazer ocasional que faz com que duas pessoas fiquem contentes porque se encontraram, porque num determinado período das suas vidas pensavam da mesma maneira sobre certas questões, porque os seus gostos são semelhantes e os seus passatempos iguais. Nada disso é amizade. Às vezes, chego a pensar que essa é a relação mais forte na vida… talvez por isso seja tão rara. E o que há no seu fundo? Simpatia? É uma palavra imprópria, sem sentido, o seu conteúdo não pode ser suficientemente forte para que duas pessoas intervenham em defesa um do outro nas situações mais críticas da vida… apenas por simpatia? Talvez seja outra coisa… (…)


A escrita é simples e carregada de emoções. O discurso de Henrik é sincero, triste e muito, muito melancólico. Lê-se num fôlego, principalmente por aqueles que não aguentam saber que existe um segredo a ser desvendado a qualquer hora (tipo eu!).
Gostei bastante!


Atingido que está a meta de bronze (vide post desafio Ler+) comecei os treinos para tentar atingir a prata (que decide chamar Ag, símbolo químico da prata). O percurso começa com o livro Monólogos da Vagina, de Eve Ensler. Ainda não vi a peça, mas as primeiras páginas do livro serviram para abrir mais o meu apetite.
Guida Maria, São José Correia e Ana Brito e Cunha, façam lá uma digressãozita pelo país, fazem?? Eu gostava!

2 Comentário(s):

Anónimo 11:03 da tarde, julho 28, 2009  

desculpa so fazer uma correcção...o autor é Sandor Marai e nao Albert Camus

é um livro lindíssimo.

bjinho

Mary 11:22 da tarde, julho 28, 2009  

Hannah, obrigada! São os problemas do copy&paste. Updated!
:-)

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