terça-feira, 21 de julho de 2009

Book@Novembro

Título: O Estrangeiro, Albert Camus.
Sinopse: O Estrangeiro revelou e consagrou definitivamente Camus como um verdadeiro "clássico" da literatura contemporânea. Romance estranho, desconcertante sob uma aparente singeleza estilística, nele se joga o destino de um homem que viveu a vida de acordo com a sua sensibilidade e a evidencia do absurdo de existir.(in, Wook)

A introdução à obra é feita através de um texto de Jean-Paul Sartre (nem todas as edições do livro têm este texto, mas aconselho-o vivamente) que, em algumas páginas, prepara o leitor para o que vem a seguir.
Camus, em «O Mito de Sísifo» publicado alguns meses depois, deu-nos o comentário exacto da sua obra: o seu herói não era bom nem mau, nem moral nem imoral. Tais categorias não lhe convêm: faz parte de uma espécie muito singular, à qual o autor reserva o nome de absurdo. Mas, sob a pena de Camus, essa palavra adquire duas significações muito diferentes: absurdo é, ao mesmo tempo, um estado de facto e a consciência lúcida que certas pessoas tomam desse estado. É «absurdo» o homem que, de um absurdo fundamental, tira incansavelmente as conclusões que se impõem.

Numa segunda parte, começa a história do Mersault, um homem estranho (segundo os padrões normais) e desprovido de sentimentos básicos dos homens. Ele é um estrangeiro não porque vive noutro país, mas por causa da sua relação com a humanidade.

Ao longo da leitura compreendemos a afirmação de Sartre, quando este diz" é uma escrita cheia de silêncios". A obra é muito pequena (pouco mais de uma centena de páginas) e lê-se bastante bem. Chega-se ao fim com aquela sensação de "O que foi isso? Afinal, o que acabou de acontecer?". No início, Mersault era um homem estranho e assim continua.
Definitivamente, um autor a repetir.

P.S: o meu exemplar faz parte da colecção Nobel.

0 Comentário(s):

  © Blogger template 'Morning Drink' by Ourblogtemplates.com 2008

Back to TOP