Orgulho e Preconceito
Título original: Pride and Prejudice
Autor: Jane Austen
Ano: 1813
Sinopse: "Orgulho e Preconceito" é, sem dúvida, uma das obras em que melhor se pode descobrir a personalidade literária de Jane Austen.
Com o fino poder de observação que lhe era peculiar, a autora dá-nos um retrato impressionante do que era o mundo da pequena burguesia inglesa do seu tempo:um mundo dominado pela mesquinhez do interesse, pelo orgulho e preconceitos de classe.
Esses "orgulho" e "preconceito" que, no romance, acabam por ceder o passo a outras razões com bem mais fundadas raízes no coração humano.
Uma obra intemporal. (in Wook)
A chegada de Charles Bingley e Fitzwilliam Darcy, à pequena Meryton, vem mudar a rotina e a vida das irmãs Bennet: Jane, Elizabeth, Mary, Kitty e Lídia. Para a mãe das meninas, interesseira e com défice de inteligência, a chegada de Charles é a oportunidade de bem casar Jane e, consequentemente, as outras irmãs. Devido ao ser ar charmoso e simpático, Charles ganha apreciação no meio do mulherio, mas é Jane quem ocupa o centro das suas atenções.
No extremo oposto está Darcy, um homem de poucas conversas, reservado e orgulhoso. Elizabeth, uma rapariga inteligente e que diz sempre tudo o que pensa, cedo choca com a personalidade de Darcy e acaba por julgá-lo por palavras de terceiros. No entanto, à medida que convive com Darcy, começa a ganhar consciência de quão injusta foi com ele.
Dois casais de quadrantes sociais diferentes, a viver numa sociedade conversadora e de aparências onde o dinheiro e a posição social são reis. Vingarão?
– Seu orgulho – disse Miss Lucas – não me indigna tanto como qualquer outro o faria, pois ele é, de certo modo, desculpável. Não admira que homem tão belo, de excelente família, rico e com tudo a seu favor tenha um elevado conceito de si próprio. Se é que me posso exprimir assim, ele tem o direito de se sentir orgulhoso.
– Tens toda a razão no que dizes – replicou Elizabeth –, e eu seria a primeira a fechar os olhos ao seu orgulho, se ele não tivesse ferido o meu.
Esta leitura veio acimentar a minha preferência por clássicos, em geral, e pela Jane Austen, em particular. Embora tenha sido uma tradução, nada se compara à forma de escrever daquela altura. Adoro.
Envolto num cenário em que as diferentes classes sociais não devem misturar-se, Jane Austen volta a criar personagens únicos e histórias de amor memoráveis.
O pano de fundo desta obra é o orgulho patente nas classes sociais altas, devido ao seu poder, riqueza e influência, e o preconceito em relação às outras classes, porque lhes falta um nome ou uma posição social.
O preconceito também é retratado no outro sentido: não se admite a um homem rico em idade de casar que continue solteiro.
À mulher pede-se que seja bela, obediente, prendada e que tenha como único objectivo o casamento, de preferência com um dos homens ricos acima mencionados.
A cultura da beleza e da posição social, numa sociedade preconcentuosa, que vive à base de casamentos arranjados para acumular riquezas, aumentar o poder e a influência das famílias ou alcançar o tão almejado posto.Ainda assim, no meio de tanta orgulho, luxúria e preconceitos, há espaço para o amor.
Retrato social bem ao estilo de Austen.
Gostei muito do livro e agora quero ver a série e o filme (apesar de não conseguir imaginar a Keira sendo a Elizabeth).