Estorvo
Título original: Estorvo
Género: Romance
Autor: Chico Buarque
Ano: 1991
Sinopse: Chico Buarque, compositor, cantor, poeta, escritor e dramaturgo é uma das figuras mais populares da cultura brasileira. Conhecido pelas suas canções, é no entanto um ficcionista de indiscutível talento. Narrativa simultaneamente poética e alucinante, Estorvo constitui uma grande metáfora do Brasil e porventura do mundo contemporâneo. Uma das mais sólidas obras da literatura brasileira dos últimos tempos, e um livro de grande sucesso em Portugal. (in Wook)
Não se lhe conhece o nome, mas esta é a sua história. Começa com o tocar de uma campaínha, seguido por um espreitar pelo olho mágico e, todas as acções seguintes, são uma sequência de acontecimentos que aparentam não estar ligadas e não fazer qualquer tipo de sentido.
Esta é a história de um homem só que, após não ter aberto a porta a um homem que não certeza que conhece, saí de sua casa e deambula por lugares e vive situações que parecem saídos de um sonho.
(...) E eu pergunto, quando ela sobe a escada, se não é um corpo assim dissimulado que as mãos têm maior desejo de tocar, não para encontrar a carne, mas sonhando apalpar o próprio movimento.Estranho é a palavra que podia escolher para classificar esta leitura. A história é tão subjectiva que fiquei com a sensação que faltavam algumas páginas ao livro.
Aí estamos nós, a percorrer as ruas com este homem que parece saído de um sonho, que visita lugares que não fazem sentido e apresenta-nos personagens secundárias que parecem não trazer nada de novo à sua história.
Pensando melhor, diferente é a palavra que procuro, tendo em conta que não é normal ler um livro e não conseguir contar a história ou não saber do que se falou nas páginas lidas.
Esta é uma daquelas leituras que tem de ser repetida (de preferência com uma edição diferente*). Quem sabe com uma nova leitura e uma mente mais aberta, fique a gostar mais do livro.
1 Comentário(s):
Sinceramente foi uma obra que gostei bastante, a personagem era um estorvo para todos, para a irmã, para o cunhado, para os amigos. Julgo que o livro personifica algumas pessoas da nossa sociedade.
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