sábado, 12 de junho de 2010

Os Funerais da Mamã Grande

Género: Romance

Título original: Los Funerales De La Mama Grande
Autor: Gabriel García Márquez

Sinopse: Sob o tema dos funerais mitológicos, em 1962, Gabriel García Márquez reuniu num pequeno volume sete contos e a curta novela que lhe dá o título. Neste livro aparece já, em todo o seu esplendor, o elemento mágico e telúrico que a partir daí definirá a sua obra. Estamos uma vez mais em Macondo e na sua região, entre episódios e personagens reconhecíveis, numa série de contos impossíveis de esquecer.

No último texto é preciso enterrar a Mamã Grande, soberana absoluta deste mundo, que faleceu com a fama de santidade aos 92 anos e a cujos funerais compareceu não só o Presidente da República, como até o Supremo Pontífice, na sua gôndola papal, além de camponeses, contrabandistas, cultivadores de arroz, prostitutas, feiticeiros e bananeiros, que ali se deslocaram propositadamente. Os seus bens, que datavam da época da conquista, eram incalculáveis. Abarcavam cinco municípios, 352 famílias e também a "riqueza do subsolo, as águas territoriais, as cores da bandeira, a soberania nacional, os partidos tradicionais, os direitos do homem, as liberdades dos cidadãos, o primeiro magistrado, a segunda instância, o terceiro debate, as cartas de recomendação", etc. Demora três horas a enumeração dos bens terrenos da Mamã Grande. Os seus herdeiros, no momento em que retiram do interior da casa o cadáver da defunta, fecham as portas e começam vorazmente a repartir a herança. (in Wook)

Conjunto de 8 contos (A sesta de terça-feira, Um dia desses, Nesta cidade não existem ladrões, A prodigiosa tarde de Baltazar, A viúva de Montiel, Um dia depois do sábado, Rosas artificiais e Os funerais de Mamãe Grande), com o mesmo pano de fundo: o eterno Macondo dos livros de Gabriel García Márquez, com os seus habitantes com as mais surpreendentes e mágicas peripécias e vivências.
Ninguém conhecia a origem, nem os limites, nem o valor real do património, mas toda a gente se tinha habituado a crer que a Mamã Grande era dona das águas correntes e paradas, chovidas e por chover, e dos caminhos municipais, das estações de telégrafo, dos anos bissextos e do calor, e que tinha além disso um direito herdado sobre vidas e fazendas.
Um dia desses, li algures que ler Gabriel García Márquez era como voltar para casa. Não podia estar mais de acordo.
Os livros de Márquez levam-nos para sítios mágicos, com os mais extraordinários personagens e os mais bizarros acontecimentos. Tudo pode acontecer numa história do autor.
A escrita é muito descritiva, repleta de sensações/passagens/comparações únicas e polvilhada com pitadas de humor.

Palavra-chave: magia.

Recomendo-o, embora seja um livro diferente das daqueles que são considerados os melhores romances do autor.

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