Guerra e Paz - Livro I
Título original: Война и миръ
Género: Romance
Autor: Lev Tolstoi
Ano: 1869
Sinopse: Considerado como um dos nomes maiores da literatura, este escritor, filósofo, pedagogo e até profeta, foi um defensor acérrimo das minorias e dos mais desfavorecidos, e um dos primeiros a insurgir-se contra a escravatura. Apesar das muitas perseguições a que foi sujeito, Tolstói encontrou na escrita um refúgio e foi de forma sábia que abordou temas tão inquietantes quanto complexos. Entre 1865 e 1869 escreveu e publicou aquela que é talvez a sua obra-prima e uma das maiores criações literárias de sempre: "Guerra e Paz". Tendo como pano de fundo um cenário de guerra, com a invasão da Rússia por parte das tropas Napoleónicas, esta novela épica apoia-se em episódios ficcionais e históricos sobre aquele país, num momento de profunda convulsão, e surge como uma reflexão sobre a vida humana e a sua frágil existência. Nesta obra grandiosa, as personagens amam, odeiam e lutam, mas acima de tudo anseiam por encontrar o sentido da vida. Tal como elas, também Tolstói se confrontou inúmeras vezes com a sua própria condição enquanto ser humano, refugiando-se a dado momento numa fé e religiosidade profundamente vincadas. Tolstói deixou-nos um valiosíssimo legado literário e o seu nome perfila ao lado de outros grandes vultos como Shakespeare ou Homero. (in Wook)
Com a invasão da Rússia por parte das tropas de Napoleão Bonaparte, a sociedade russa vive dias de incerteza sobre o futuro. No meio de desespero, a jovem Natasha apaixona-se pelo nobre Andrei Balkon e acompanhamos o seu crescimento de jovem inexperiente a senhora da sociedade. Sempre com a guerra à espreita, as histórias e personagens giram à volta da sociedade russa e de como as lutras travadas nos campos de batalhas interferem com as suas vidas.
Natacha, defronte dele, olhava para Boris como olham as miúdas de teze anos para o rapaz a quem acabaram de beijar pela primeira vez na vida e por quem estão apaixonadas. Os olhos dela desviavam-se às vezes para Pierre e, sob o olhar daquela rapariguinha engraçada e animada, apetecia a Pierre rir-se também, sem saber porquê.Um clássico tem a mais valia de trazer outras exigências à leitura e à compreensão dos personagens, histórias e reflexões deixadas pelo autor.
Não foi uma leitura fácil e deveu-se, em especial, aos três seguintes aspectos: 1) embora não saiba se é um problema apenas da minha edição, a enorme quantidade de frases em francês e respectivas traduções em rodapé torna a leitura maçadora e provoca demasiados desvios de olhar do texto; 2) a dificuldade em criar relações com os muitos personagens e seus nomes russos; 3) o enredo que gira à volta da guerra, um tema que não aprecio muito.
Sinto que devo voltar a ler este volume, quem sabe numa outra fase da minha vida e só depois perceber se devo devorar os outros 3 volumes. Para já, vão ficar na estante à espera.
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