quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Os Pilares da Terra - Volume II

Título original: The Pillars of the Earth
Género: Romance histórico
Autor: Ken Follett
Ano: 1989

Sinopse: Do mesmo autor do thriller "A Ameaça", chega-nos o primeiro volume de um arrebatador romance histórico que se revelou ser uma obra-prima aclamada pela comunidade de leitores de vários países que num verdadeiro fenómeno de passa-palavra a catapultaram para a ribalta. Originalmente publicado em 1989, veio para o nosso país em 1995, publicado por outra editora portuguesa, recuperando-o agora a Presença para dar continuidade às obras de Ken Follett. O seu estilo inconfundível de mestre do suspense denota-se no desenrolar desta história épica, tecida por intrigas, aventura e luta política. A trama centra-se no século XII, em Inglaterra, onde um pedreiro persegue o sonho de edificar uma catedral gótica, digna de tocar os céus. Em redor desta ambição soberba, o leitor vai acompanhando um quadro composto por várias personagens, colorido e rico em acção e descrição de um período da Idade Média a que não faltou emotividade, poder, vingança e traição. Conheça o trabalho de um autêntico mestre da palavra naquela que é considerada a sua obra de eleição. (inWook)

Eliana, Jack, Richard, Alfred e Martha cresceram. As obras da catedral avançam mediante o ritmo imposto pelas artimanhas e jogos sujos do actual senhor de Shiring, William Hamleigh, e pelo bispo Waleran. Philip continua a jogar o jogo deles e a sair sempre por cima. Enquanto se discute o reino nos campos de batalha, atrás das portas os senhores conspiram e traçam novos truques e caminhos, com vista a ganharem mais poder e dinheiro.
Que final está reservado para cada um dos personagens que viveram, sofreram e conspiraram durante este dois volumes.

Nunca anteriormente tinham feito aquilo, feito amor daquela maneira, de forma a que ele pudesse acariciar-lhe os pontos mais sensíveis em simultâneo, e a sensação era nitidamente diferente, o prazer mais intenso, comparável à diferença entre uma dor aguda e uma moinha; mas talvez isso se devesse ao facto de a sua tristeza ser tão grande.
Depois de acompanhar a vida destes personagens durante o primeiro volume, não há como não continuar a leitura e saber o final que Ken Follett traçou para cada um deles.
Para além de acentuar as personalidades de cada um, muitos anos se passaram e os personagens começam a viver uma nova fase das suas vidas: as crianças agora são adolescentes e os adolescentes são adultos com trabalho, sonhos e objectivos de vida.

Com a viagem de Jack pela Europa, que parte para curar uma rejeição amorosa e procurar as suas origens, somos levados a passaer por vários lugares e acontecimentos.
Embora a astúcia dos vilões tenha sido aguçada ao longo dos anos e devido aos inúmeros fracassos do passado, a capacidade dos "bonzinhos" de darem a volta enche-nos de coragem e satisfação.
A história termina e termina bem. Os vilões têm o que merecem, os arrependidos são perdoados e os benevolentes vêem as suas vidas prosperar.

O único ponto negativo é a excessiva descrição das catedrais, pormenores arquitectónicos e técnicas de construção que, a meu ver, maçam o comum dos leitores, eu por exemplo, tendo em conta que é assunto difícil de compreender e que acaba por não adicionar nada à história.
(4/5)

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