quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Lolita

Título original: Lolita
Género: Romance
Autor: Vladimir Nabokov
Ano: 1955

Sinopse: Esta é uma das obras mais conhecidas e controversas do século XX e conta a história de Humbert Humbert, um professor universitário enfadonho e de meia-idade. A sua obsessão por Lolita de 12 anos suscita algumas dúvidas relativamente ao seu carácter: estará ele apaixonado ou tratar-se-á de um louco? Um poeta eloquente ou um pervertido? Uma alma torturada e sofrida ou um monstro? Ou será que Humbert Humbert não será apenas uma mistura de todas estas personagens?
Lolita é certamente o romance mais conhecido de Nabokov, mas também por se tratar de uma obra-prima que provocou, à data da sua publicação, um enorme escândalo pela forma como o autor tratava o tema de uma paixão entre um homem maduro e uma adolescente provocante.
Hoje, que essa aura de escândalo parece ter-se dissipado, o livro, publicado originalmente em 1955, vale por aquilo que é: um verdadeiro clássico da literatura do século XX. (in Wook)

Humbert Humbert apaixona-se por uma criança de doze anos a quem trata, carinhosamente, por Lolita. Casou-se com a mãe de Lolita com o único objectivo de viver perto da amada, mas fica imediatamente privado da companhia da enteada, quando esta é enviada para um colégio interno.
Após a morte precoce e inesperada da mulher, o viúvo abraça a oportunidade de ser pai e viver com Lolita segundo as suas regras.
Os dois embarcam numa viagem, com os caprichos de um homem apaixonado e a astúcia de uma criança amada a serem postos à prova.

(...), não encontro para tratamento da minha angústia nada mais do que a melancolia e o paliativo muito circunscrito da arte da palavra. Citando um velho poeta:
O Senso moral dos mortais é o dever,
Temos de pagar com o sentido mortal da arte.
Não tenho ideia de ter lido, nos últimos tempos, nenhum livro que tivesse custado tanto quanto este e foi, em suma, por duas grandes razãoes: 1) o facto de ter sentido um asco constante em relacção ao comportamento e vida do personagem masculino e 2) porque todas as falas e passagens em francês não foram traduzidas e nem tiveram direito a notas de rodapé. Digamos que o francês ficou arrumado bem lá nos tempos do liceu.

Parti para esta leitura com as expectativas bastante altas, e talvez tenha sido a causa da minha enorme desilusão. Esperava muito mais.

Não duvido da grandeza da abra e nem quero armar-me em púdica/puritana até porque, como tudo indica, estamos perante uma obra ficcionada, mas a verdade é que não consegui desligar-me do tema e andei o tempo todo a transportar os comportamentos do Humbert Humbert e de Lolita aos inúmeros relatos de abusos perpectuados nos dias actuais.

A exigência mental causada pelo uso de palavras difíceis/desconhecidas por mim, bem como frases que precisam ser lidas mais que uma vez, são os aspectos positivos que destaco da leitura deste clássico.
(3/5)

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