quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Incendiário

Título original: Incendiary
Género: Romance
Autor: Chris Cleave
Ano: 2005

Sinopse: Um romance assombroso. O melhor romance que já se escreveu sobre o terrorismo.
Entre as vítimas de um atentado terrorista ocorrido durante um jogo de futebol em Londres, estão o marido e o filho da mulher que, destroçada, escreve agora uma carta a Osama bin Laden. Num tom simultaneamente emotivo, lúcido, magoado e chocantemente humorístico, ela tenta convencer Osama a abandonar a sua campanha de terror, revelando a infinita tristeza e o coração despedaçado de quem, no fundo, é apenas mais uma das suas vítimas. Mas o atentado é apenas o começo. Enquanto medidas de segurança transformam Londres num território virtualmente ocupado, a narradora também se encontra sob cerco. De início, ela recupera forças ajudando no esforço antiterrorista. Mas quando se envolve com um casal de classe alta, dá por si a ser gradualmente arrastada para uma teia psicológica de culpa, ambição e cinismo, que corrói a sua fé na sociedade que defende. E quando uma nova ameaça de bomba atira a cidade para mais uma vaga de pânico, ela vê-se forçada a actos de profundo desespero …Mas reside aí, talvez, a sua única hipótese de sobrevivência. (in Wook)

Depois de ter perdido o marido e o filho numa explosão decorrida durante um jogo de futebol, uma londrina, residente num bairro da periferia, resolve escrever a um remetente, no mínimo, peculiar. Considerado o culpado do acto terrorista que veria ser conhecido como Primeiro de Maio, Osama Bin Laden é o alvo das palavras mais duras e dos desabafos de alguém que representa um povo que passou a viver desconfiado e com medo. Será Bin Laden o único culpado dos acontecimentos do Primeiro de Maio?

- (...) Que tal se dá com papelada?
- Não sei. Sei ler e escrever se é o que quer dizer. Não sou estúpida nem nada disso não me pergunte é onde se põem as vírgulas.
- Não há problema (...) Seja como for nós aqui não escrevemos literatura. Tentamos impedir que as pessoas atirem bombas às pessoas.
De um momento para o outro uma mulher vê a sua vida mudar drásticamente, não só porque perde a família, mas porque carrega uma culpa enorme por causa do estilo de vida que levava. Arrastada pela culpa, perde o rumo e acaba por envolver-se com pessoas e situações menos saudáveis. No entanto, é quando se voluntaria para ajudar na luta contra o terrorismo que vê-se confrontada com toda a verdade sobre o Primeiro de Maio.

É uma leitura fácil, tendo em conta que é uma carta corrida composta por 256 páginas, escrita de forma simples e acessível e com as situações e os lugares descritos com os mais pequenos detalhes. A título de exemplo, destaco a descrição das imundices do rio Tamisa ou da viagem de carrossel para lá das nuvens.
O excerto que escolhi ilustra um dos pontos que menos gostei nesta leitura: a ausência de vírgulas.

Foi uma leitura, como diriam os moços do Gato Fedorento, fraquinha, muito fraquinha. Fiquei com a sensação que podia ter dado para muito mais e, convém realçar, que estava com alguma expectativa em relacção ao livro e ao autor.
(3/5)

2 Comentário(s):

Kris 1:53 da tarde, outubro 14, 2011  

Obrigada Mary, acabei de riscar da TODO list :)

Mary 10:25 da tarde, outubro 18, 2011  

Kris, eu não achei nada de especial, mas há gente que gostou.

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