domingo, 29 de junho de 2014

Azul para menino. Rosa para menina.

Depois da consulta com o pediatra, saio com a filha no braço e passo por uma senhora do hospital que conheci durante a gravidez. Bebé Matilde está trajada com um macacão azul, um body branco com letras azuis e uma fita azul na cabeça.

Senhora que conheci durante a gravidez: oh, tem um príncipe tão lindo.

Sorri e agradeci. Não tive coragem de dizer à senhora que levava nos braços uma princesa muito linda. Será que uma fita na cabeça, embora azul, não é indicação suficiente que é uma menina? Se calhar quem tem razão é o esposo quando diz que as pessoas ainda vão criticar-nos por andarmos com o menino com fita na cabeça.

Logo eu que, embora adore vê-la de rosa, gosto também de vesti-la de azul e outras cores menos femininas.

sábado, 28 de junho de 2014

Matilde e a preservação das células estaminais

A informação chegou-nos via facebook. O evento mamã sem dúvidas ia passar pela nossa área de residência, com temas como preservação de células estaminais, amamentação e preparação para o parto. Estávamos no 6º mês e ainda não tínhamos pesquisado nada sobre a preservação das células estaminais. Inscrevemo-nos e lá fomos ouvir o que a bebé vida tinha para contar aos futuros papás. O que consiste, como se processa, caso de sucesso, lista de doenças, projecções para o futuro, etc. foram alguns dos assuntos tratados no evento.


Com as dúvidas esclarecidas, partimos à procura de outras empresas da área para saber informações sobre preços e outras condições. Por último, perguntei à minha obstetra a sua opinião sobre o assunto. Ela foi concisa e directa: "vou dizer-lhe aquilo que disse às minhas duas filhas. Isto é uma questão de fé: se fizer e nunca vier a precisar óptimo, mas se não fizer e um dia vir a precisar, consegue viver com isso? Por isso, se a resposta é não e tiver condições ecónomicas que a permitam fazer o investimento, faça".
Fizemos. Fizemos porque o futuro é incerto e a Deus pertence. Fizemos porque só podíamos trabalhar com o presente e o presente tinha uma janela de actuação muito curta.

É possível que seja mais uma forma de jogar com os medos dos pais e "obrigá-los" a embarcar no processo? É possível. É caro? Muito. O dinheiro faz-nos falta? Lógico, mas quando comprámos o kit e o colocámos ao pé da mala de maternidade, entendemo-lo como um seguro de saúde/vida que desejamos que a nossa filha nunca venha a precisar.

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Pensamentos sextafeirianos #264

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Matilde e as redes sociais

Durante os primeiros 5 meses e alguns dias de vida (como o tempo passa depressa), mantivemos a Matilde afastada das redes sociais e, no que depender de nós, assim vai permanecer por muito tempo.

Longe de querer começar uma mommy war (cada família é que sabe como quer lidar com a vida e a privacidade dos filhos), a decisão de manter a nossa filha longe das redes sociais foi tomada em consciência e muito antes dela nascer. A família mais próxima foi avisada e ficou decidido que, enquanto estivesse de molho no hospital, a partilha das primeiras fotografias devia ser feita via telemóvel ou email. Até à data, a nossa opção foi sempre respeitada.

Não tenho nada contra redes sociais. Aliás, quem me conhece sabe que tenho conta em todas (facebook, twitter, linkedin e, mais recentemente, no instagram) e que sou mulher para partilhar, com os meus contactos/amigos, fotografias minhas, de comidinhas que faço, de viagens, pensamentos, desabafos, etc. Por outro lado, o esposo não é apreciador (só tem twitter para seguir os jogadores da bola) e eu respeito.

Embora nos posicionemos de forma diferente perante as redes sociais, no que toca à exposição das crianças, estivemos sempre de acordo: o mínimo possível e, no nosso caso, o mínimo é nenhuma fotografia dela a circular pela internet.

Se tenho vontade de partilhar as caretas engraçadissímas, as expressões giríssimas ou os beicinhos fofissimos? Tenho. Tenho muito, mas também sei que foi uma decisão ponderada e que esta é a nossa visão do que é fazer o melhor para a nossa filha.

O Diabo e a Gemada

Título original: Il diavolo e la rossumata
Género: autobiografia
Autor: Sveva Casati Modignani
Ano: 2013

Sinopse: Em 1943, Milão está sob as bombas dos Aliados, e nas proximidades da via Padova, uma criança extraordinariamente curiosa, inicia a sua aprendizagem de vida. Chama-se Sveva e tem 5 anos. É este o contexto de O Diabo e a Gemada, um relato autobiográfico em que a autora percorre os anos da Segunda Guerra Mundial, que se desenrolam entre a casa de família em Milão e uma quinta, nos arrozais de Trezzano sul Naviglio, na Lombardia. A comida é o fio condutor que atravessa os episódios deste relato, em que se entrelaçam memórias e emoções, sabores e receitas e cujos acontecimentos estão sempre ligados à elaboração de um prato ou a uma refeição partilhada. Com uma descrição cuidada e rigorosa de pessoas, sabores e costumes, Sveva Casati Modignani devolve-nos um mundo, não tão longínquo, mas do qual estamos a perder a memória. (in Wook)

Sentia-me muito estúpida por duas razões: se era verdade que a árvore respirava, toda a gente ouvia menos eu. Se não era verdade, queria dizer que os outros faziam pouco de mim. A sensação de inferioridade e a desconfiança ainda não me abandonaram completamente. De resto, desde criança, sentia-me muitas vezes gozada pela minha ilimitada credulidade. Acreditava em tudo aquilo que me diziam e quanto mais improváveis eram as coisas, mais me fascinavam e me pareciam verdadeiras.
(extracto retirado da pág. 53)

Embora muito pequeno, o livro encontra-se dividido em duas partes. Na primeira parte estão retratados momentos da infância da autora, onde a comida, ou a preparação da mesma, liga cada uma das várias peripécias vividas pela protagonista. A segunda parte é composta pelas receitas dos pratos mencionados anteriormente, de onde experimentei a mousse de chocolate (página 165) e ficou aprovadíssima.

Uma autobiografia pouco profunda e muito, muito curta, ainda mais quando uma boa parte do livro está preenchido com receitas. Os pequenos textos que acompanham as receitas acabam, em muitos casos, por ser repetições de passagens da primeira parte do livro. Apesar de já tre lido muito boas reviews sobre a escrita de Sveva, esta leitura não deixou-me com uma opinião formada sobre a autora.
(1/5)

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Pensamentos sextafeirianos #263

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Regresso ao trabalho...

Cinco meses e uma filha depois, regresso ao trabalho e, não fossem as saudades que sinto da pequena, era como se nunca tivesse estado tanto tempo fora.
Poucas coisas batem trabalhar num ambiente cheio de pessoas espectaculares.

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Last maternity leave day...

Missing her already.

terça-feira, 17 de junho de 2014

A Rainha Branca

Título original: The White Princess
Género: Romance histórico
Autor: Philippa Gregory
Ano: 2013

Sinopse: a história do primeiro volume de uma nova trilogia notável desenrola-se em plena Guerra das Rosas, agitada por tumultos e intrigas. A Rainha Branca é a história de uma plebeia que ascende à realeza servindo-se da sua beleza, uma mulher que revela estar à altura das exigências da sua posição social e que luta tenazmente pelo sucesso da sua família, uma mulher cujos dois filhos estarão no centro de um mistério que há séculos intriga os historiadores: o desaparecimento dos dois príncipes, filhos de Eduardo IV, na Torre. (in Wook)

Ela é Melusina, a deusa da água, e pode ser encontrada em fontes e quedas-d'água escondidas em qualquer floresta da cristandade, mesmo naquelas que ficam tão distantes como a Grécia. Também se banha em fontes mouriscas. Nos países do Norte, onde os lagos estão cobertos de gelo e este estala quando ela se levanta, conhecem-na por outro nome. Um homem pode amá-la, se mantiver o seu segredo e a deixar sozinha quando deseja banhar-se, e ela pode retribuir-lhe esse amor até ele quebrar a sua palavra, como os homens sempre fazem, e ela o arrastar para as profundezas, com a sua cauda de peixe, e transformar o sangue infiel dele em água.
(extracto retirado da pág. 8)

O género, um dos meus favoritos, por si só já garante à leitura pelo menos um ponto positivo. A presença de mulheres fortes, decididas e que acabam sempre por levar as suas avante, quer motivadas pelo amor ou pelo ódio. A época, pré-Tudor, que ainda não tinha tido oportunidade de ler e sobre a qual não conhecia nenhum pormenor. O desaparecimento dos dois príncipes da torre. A história da Melusina, a deusa da água, a "responsável" pelos dotes mágicos das mulheres da família Rivers.

Uma leitura monótona e cheia de repetições. A descrição das batalhas, conspirações, conquistas e derrotas sempre na mesma nota deixando o leitor com a sensação que só estão lá para encher mais uma páginas do livro. A autora podia ter aprofundado mais sobre a vida e os dotes da Melusina.

Ainda que não tenha sido uma leitura arrebatadora, não quero deixar a história a meio e faço tensões de ler os outros dois volumes.
(3/5)

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Alemanha-Portugal

[Mats Hummels, 25 anos]

P.S: podia ter colocado aqui esta fotografia do Hugo Almeida e do Raul Meireles, mas não queria estar a humilhar o Hummels.

Matilde e a creche

O pagamento da inscrição e a factura, com o contribuinte da própria Matilde, garantem que ela já tem um lugar assegurado no berçario. Começa a 1 de Setembro.

Escolher o lugar e as pessoas que vão ficar com os nossos filhos, mais de 8/9 horas por dia, é uma responsabilidade muito grande e requer pesquisas, investigações, visitas e muitas perguntas. Para além de boas instalações, bons profissionais e bom tratamento aos meninos, foi necessário adicionar mais duas variáveis à equação: o preço (se for uma IPSS é uma grande ajuda) e a localização (convinha que fosse no caminho do trabalho ou então que não obrigasse a grandes desvios).

As informações recolhidas através dos contactos das redes socias (de pessoas que têm filhos ou conhece alguém que tem filhos) e a consulta ao site cartasocial (para conhecer a oferta em termos de IPSS na nossa área de residência) deu origem a uma lista com 8 creches. Da primeira análise de prós e contras, foram excluídas, logo à partida, duas por causa do preço e da localização. Com 6 é mais fácil escolher. Ou não!

Telefonemas às instituições para se conhecer pormenores como: horários de funcionamento, em que altura do ano fecham, se têm vagas e a possibilidade de marcar uma visita pessoal para conhecer as instalações e a pessoa responsável, reduziram a lista para 3 creches.

Fica-se com o melhor dos melhores:
  • 1ª opção: a localização é razoável, as instalações são óptimas, trabalha lá uma pessoa que conheço há muitos anos e em quem confio, têm vaga em qualquer altura, mas o preço é muito mais do que estávamos a contar;
  • 2ª opção: a localização é razoável, as instalações são óptimas, um colega de trabalho tem lá a filha de 2 anos, só têm vaga para Setembro e o preço é óptimo;
  • 3ª opção: a localização é excelente, as instalações são fraquinhas, há alguns comentários negativos de pessoas conhecidas (muita humidade, dar aos meninos pão de forma ao lanche, etc.), podem ter vaga mais cedo que Setembro e o preço é igual à 2ª opção.
Como mais vale prevenir que remediar e com a saúde da menina não se brinca, a 3ª opção fica excluída da corrida (dava para ir a pé e tudo).

Depois de todos os cortes, sobram duas creches: uma barata e sem vaga e outra com vaga e cara (mais de 50€ de diferença). Com a nossa licença a terminar a 19 de Julho, o termos de trabalhar e o factor de não podermos levar a miúda ao escritório, a escolha estava a fazer-se sozinha. No entanto, quando parecia mais que decidido, entra a minha sogra e resolve tirar da mesa a variável vaga oferecendo-se para ficar com a neta até Setembro (e que sacrifício vai ser para ela).

E assim concluí-se a saga da procura da creche. Ganha a 2ª opção, mas fiquei cheia de pena por não deixar a minha filha numa instituição onde trabalha alguém que conheço bem.
Espero ter feito uma boa escolha, mas isso, só o tempo o dirá.

domingo, 15 de junho de 2014

O Café do Amor

Título original: The Crossroads Cafe
Género: Romance
Autor: Deborah Smith
Ano: 2006

Sinopse:
Uma mulher bela marcada para a vida
Um homem amargurado em busca de redenção
Unidos pelo destino num lugar mágico

Cathryn Deen vivia num mundo de sonho: atriz famosa, idolatrada, era considerada a mulher mais bela do planeta. A fama era tudo na sua vida. Mas após sofrer um trágico acidente de automóvel, que a deixa marcada para sempre, decide ocultar-se de tudo e todos. Escondida na casa da sua avó materna nas montanhas da Carolina do Norte, Cathryn tenta ultrapassar os seus traumas com a ajuda da sua grande prima Delta, uma mulher roliça e bem-disposta, dona do café local. Considerada por todos a alma daquele vale, Delta alimenta com os seus cozinhados e biscoitos deliciosos o corpo e o espírito dos mais carentes. Um dos seus protegidos é Thomas Mitternich, um famoso arquiteto, fugido de Nova Iorque, após os atentados às Torres Gémeas lhe terem roubado o que de mais valioso tinha na vida: a mulher e o filho. Atormentado pela culpa, Thomas acredita que nada nem ninguém lhe poderá devolver a razão de viver e, entregue ao álcool e ao desespero, espera um dia ganhar coragem para se juntar àqueles que mais amava. O destino irá cruzar os caminhos de Cathryn e Thomas numa história magnífica de superação, ensinando-os a transformar as adversidades em oportunidades e a valorizar a beleza que existe em tudo o que os rodeia. (in Wook)

O melhor sexo transporta-nos a qualquer lado. A um lugar quente e expansivo, um paraíso de luxúria e felicidade. O sexo é e deve ser, apesar de o raramente o ser, um ato de comunhão com algo maior do que nós. As pessoas dizem que os homens fodem e as mulheres fazem amor, mas nós, os homens, fazemos amor quando fodemos uma mulher que adoramos; para nós, não há diferença. Somos sinceros. Havia lugares dentro de mim que só a Cathy podia preencher com o seu corpo e eu fazia-a feliz com o meu corpo mais do que alguma vez me julguei capaz. 
(extracto retirado da pág. 402)

O passado de Thomas e, mais importante ainda, a forma como a autora optou por contar a sua história aos poucos e através da introdução da cunhada e dos seus presentes maléficos. A narração dos acontecimentos ter sido feita na perspectiva dos dois personagens centrais do livro: Cathryn e Thomas. Alguns personagens marcantes por diferentes razões: a Delta, pela sua doçura e vontade de alimentar toda a gente ou a lésbica Alberta, sem papas na língua e sempre com o seu "ar" autoritário e "machão". A escrita é simples. Lê-se num fôlego.

Nada de novo com o enredo, ou seja, mais da mesma receita: rapaz e rapariga têm problemas em suas vidas, conhecem-se, apaixonam-se, zangam-se por alguma razão, reconciliam-se e vivem felizes para sempre. Não senti empatia pela Cathryn e não consegui "sofrer" com o seu acidente ou com o processo de recuperação dela. Previsível.

Not that memorable...
(2/5)

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Pensamentos sextafeirianos #262

Uma pessoa percebe que está velha quando...

... durante o tradicional fim de semana com os amigos do curso, que começou em 2010 e tinha apenas uma criança, para além da foto de grupo, também se faz a foto de grupo das crias. Eram 7 no total. Em tudo correndo bem, e tenho a certeza que vai correr, no próximo ano a segunda geração chegará às 11 criaturinhas.
Parece que foi ontem que andávamos a tirar o curso e a fazer maluquices que não podem ser aqui divulgadas.

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Last maternity leave week...

... because there's still plenty of time to freak out next week.

sábado, 7 de junho de 2014

Parece que foi ontem...

Acompanhei (via facebook) o teu nascimento. Uma sexta-feira normal de trabalho. Enquanto conversava com a tua mãe, que já estava preparada para receber-te, só me apercebi que estavas quase a chegar quando ela pediu para desligar porque tinha entrado a equipa médica. Nervoso miudinho e depois felicidade. Muita felicidade. Parece que foi ontem, mas já passou 1 ano.
Parabéns, meu sobrinho amado e votos que esta data não pare de repetir-se por longos e felizes anos de vida.

P.S: hoje faz também um ano que contei ao meus pais que se corresse tudo bem iam ter, em Janeiro, mais um neto(a). 

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Pensamentos sextafeirianos #261

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Dúvidas de mãe...

Desde que a Matilde começou a beber leite adaptado 2 vezes ao dia (o leite da mama não estava a chegar à menina), de cada vez que preparo um biberão e tenho de repetir os passos esterilizar, verificar se a água está à temperatura indicada, medir a quantidade de água certinha, contar as doses sem me enganar e no fim lavar os biberões para na próxima mamada começar tudo de novo, não deixo de questionar como é que há mulheres que escolheram, de livre vontade, ter toda esta trabalheira, 6/7 vezes dia e noite, em vez do simples gesto: sacar da mama e fazer pontaria para a boca do bebé?
Se calhar sou eu que sou muito preguiçosa e prefiro algo que está sempre à mão, sem verificação de temperatura ou medição e, melhor de tudo, sem desperdícios.

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Ir para fora com uma bebé de 4 meses e meio...

... é o mesmo que levar atrás coisas para encher um mini-apartamento. Só espero conseguir levar tudo (vestuário, de frio e de calor por causa deste tempo horrível, alimentação, banhos, brinquedos, alcofa, espreguiçadeira, etc.) e que consigamos sobreviver sem grandes sobressaltos. Estou cansada só de pensar na quantidade de tralhas que tenho de arrumar para levar.

  © Blogger template 'Morning Drink' by Ourblogtemplates.com 2008

Back to TOP