segunda-feira, 7 de abril de 2014

A Vida no Céu

Título original: A Vida no Céu
Género: Romance
Autor: José Eduardo Agualusa
Ano: 2013

Sinopse: A Vida no Céu é um romance distópico, num futuro que se segue ao Grande Desastre, e em que o Mundo deixou de ser onde e como o conhecemos. Encontrando-se o globo terrestre inteiramente coberto por água, e a temperatura, à superfície, intolerável, restou ao Homem subir aos céus. Mas essa ascensão é literal (não é alusiva ou simbólica): a Humanidade, reduzida agora a um par de milhões de pessoas, habita aldeias suspensas e cidades flutuantes - dirigíveis gigantescos denominados Tóquio, Xangai ou São Paulo -, e os mais pobres navegam o ar em pequenas balsas rudimentares. Carlos Benjamim Moco é o narrador da história. Tem 16 anos e nasceu numa aldeia, Luanda, que junta mais de cem balsas. O desaparecimento do pai fará com que Benjamim decida partir à sua procura. (in Wook)

- É bonito, o céu? - Sim, o céu é bonito.
- Mais bonito do que a terra?
Não respondi logo. Pensei um momento:
- Há coisas que só começo a compreender agora. Por exemplo, que o céu é mais bonito havendo o mar e havendo a terra. Que uma terra sem céu também não seria bonita.
(extracto retirado da pág. 180)

A originalidade do enredo. A criação de um mundo credível o suficiente para levar o leitor a imaginar a possibilidade de viver-se, literalmente, no céu. A existência das cidades "espelhos" das terrenas, como por exemplo: Luanda, São Paulo, Paris, Xangai, etc. A utilização de conceitos actuais como o facebook ou o Skypedia (motor de pesquisa de dirigíveis, balsas ou outros objectos voadores). As diferentes formas de pensar, as opiniões e os gostos das pessoas que nasceram na terra, e agora são obrigadas a viverem no céu, daquelas que só conheceram o céu como morada. As questões ecológicas.

O livro ter mesmo poucas páginas (186, para ser mais precisa). No fim, fica-se com a ideia que existia espaço para desenvolver mais os personagens e suas histórias e, quem sabe, criar mais aventuras à volta deste mundo "suspenso" que o Agualusa imaginou e deu vida. Ter ficado por explicar a história da pequena Vera e dos papagaios encontrados na balsa a vaguear.
(4/5)

2 Comentário(s):

Kiandinha 1:47 da tarde, abril 25, 2014  

Calapitcha... tenho que confessar que a grande razão que me levou a voltar a ler incessantemente foste tu!!! :)

Mary 9:44 da tarde, abril 28, 2014  

Kiandinha, fico contente que tenha ajudado alguém a ler mais :-)
Boas leituras!

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