domingo, 29 de julho de 2012

Retratos de Cabo-Verde

Um veneno bom e doce tem sido Cabo-Verde. Recordo muitas vezes as cores do Mercado Sucupira, a lenta e festiva praia de Quebra Canela e o rosto da menina de São Domingos com o cabelo pintalgado da luz de uma quantas contas coloridas; o funaná dançado em noite de halloween, a paisagem esmagadora da viagem até ao Tarrafal e a sopa de loron que ali comi, e o silêncio áspero do deserto do Sal; mas também as cálidas noites do Mindelo, o perfume do vinho branco do Fogo, o ponche de mel de Santo Antão, os entardeceres no Palmarejo, a lentidão das coisas na Cidade Velha, e a cálida água da baía das Gatas afagando-me as pernas
[Extraído da página 61 do livro As Sereias do Mindelo, de Manuel Jorge Marmelo]

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