segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Travessuras da Menina Má

Título original: Travesuras de la niña mala
Género: Romance
Autor: Mario Vargas Llosa
Ano: 2006

Sinopse: Qual o verdadeiro rosto do amor?
Ricardo vê cumprido, muito cedo na vida, o sonho que sempre alimentara de viver em Paris. Mas o reencontro com um amor da adolescência mudará tudo. Essa jovem, inconformista, aventureira, pragmática e inquieta, arrastá-lo-á para fora do estreito mundo das suas ambições.
Criando uma admirável tensão entre o cómico e o trágico, Mario Vargas Llosa joga com a realidade e a ficção para dar vida a uma história na qual o amor se nos revela indefinível, senhor de mil caras, tal como a menina má.
Paixão e distância, sorte e destino, dor e prazer... Qual é o verdadeiro rosto do amor? (in Wook)

Durante a adolecência, Ricardo Somocurcio, um habitante de um bairro de Lima que sonha em viver e trabalhar em Paris, conhece uma jovem peruana que iria mudar para sempre a sua vida.
Já em Paris, o destino volta a colocá-lo no caminho de Lily que, embora conserve traços do seu amor de adolescência, agora responde por outro nome.
Entre os romances tórridos, as brigas sucessivas e as humilhações constantes, este casal vive anos de encontros e desencontros que acabam sempre com um Ricardo cada vez mais apaixonado e mais certo que a peruana não lhe nutria o mesmo sentimento. Seria mesmo assim?

Uma tarde, sentados no jardim, à hora do crepúsculo, disse-me que, se algum dia me lembrasse de escrever a nossa história de amor, não a fizesse ficar muito mal porque, nessa altura, o seu fantasma viria todas as noites puxar-me os pés.
(...)
Pelo menos, confessa que te dei assunto para um romance. Não foi, menino bom?
Para além de uma história de amor cheia de encontros e desencontros, esta obra tem ainda a mais valia de levar o leitor a viajar e conhecer povos e lugares tão diferentes como Paris, Madrid, Londres, Tóquio ou Perú. Descrições pormenorizadas das ruas, cafés, restaurantes, museus, etc, transportam-nos para todos os lugares por onde Ricardo passsou, passeou ou viveu momentos de paixão com a menina má.

Sedutora e manipuladora, a menina má é uma mulher que consegue tudo dos homens, em especial do Somocurcio. Capaz dos maiores truques e artimanhas, ela que já foi Otília, Lily, camarada Arlette, madame Arnoux, Mrs. Richardson ou Kuriko, não deixa ninguém indiferente.

Paralelamente ao romance da menina má e Ricardo, Vargas Llosa consegue encaixar, de forma muito hamoniosa, pequenas histórias de que são exemplos: o casal vizinho que adoptou uma criança vietnamita, o velho a quem se recorre para saber onde podem ser construídos esporões, o pintor falhado que vive os seus dias a pintar cavalos de corrida, o tradutor que colecciona soldadinhos de chumbo e se apaixona por uma japonesa, etc.

Segunda aposta no Llosa e não estou arrependida. Que venham mais obras do senhor.
(4/5)

2 Comentário(s):

Tiago M. Franco 10:14 da manhã, setembro 13, 2011  

Li A Tia Júlia e o Escrevedor e gostei bastante. Gosto bastante da escrita de Llosa.

Mary 10:27 da manhã, setembro 13, 2011  

Tiago, eu também gostei e daí ter repetido. Se gostas do Llosa, tens de ler este também.

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