quinta-feira, 7 de julho de 2011

Jane Eyre

Título original: Jane Eyre
Género: Romance
Autor: Charlotte Brontë
Ano: 1847

Sinopse: Considerada uma obra-prima da literatura inglesa, Jane Eyre é um romance da escritora inglesa Charlotte Brontë, publicado no século XIX, mais precisamente em 1847. Jane Eyre é uma autobiografia ficcionada da protagonista que, depois de uma infância e adolescência desprovidas de afecto, se torna preceptora em Thornfield Hall e se apaixona pelo seu proprietário, Mr. Rochester. Uma história sobre a liberdade humana, repleta de elementos dramáticos (incêndios, tempestades, tentativas de homicídio) que compõem uma atmosfera de mistério e suspense. (in Wook)

Após a morte dos pais, Jane Eyre é levada a viver com o tio, a esposa deste e os primos, John e Eliza. Presa à promessa que fez ao marido, no leito da morte, de continuar a cuidar da sobrinha, Sarah maltrata Jane e serve-se das piores artimanhas para mantê-la afastada dos filhos. Quando todos os seus planos falham, Sarah toma a decisão de enviar Jane para Lowood School, uma escola primária destinada a crianças órfãs.
Nos anos que passou em Lowood, Jane, que foi aluna e professora, teve a oportunidade de instruír-se, ganhar a sua liberdade, ser independente e fugir dos maltratos da tia. Quando decide abandonar a escola e ser preceptora, Jane conhece Rochester e começa uma nova fase na sua vida.

Convencionalismo não é moralidade. Arrogância não é religião. Atacar os primeiros não é combater as últimas. Arrancar a máscara da cara de um fariseu não é levar uma ímpia à Coroa de Espinhos. Trata-se de coisas e gestos diametralmente opostos, tão diferentes como o vício é da virtude. Os homens têm tendência a confundi-los. Não o deveriam fazer. A aparência não pode ser confundida com a verdade.
De menina a mulher, Charlotte conta a sua história na primeira pessoa e faz isso numa constante interacção com o seus ouvintes. Mostra o seu ponto de vista, faz-nos perguntas, tenta adivinhar os nossos pensamentos e justifica as suas opções antecipamdo a nossa desconfiança.
Somos apresentados a uma Jane sofrida e maltratada, que cresce para transformar-se numa adolescente exemplar e, por fim, numa mulher independente e apaixonada.

Uma leitura simples, apaixonante, com uma dose de mistério e um punhado de personagens misteriosos e envolventes.

Não é segredo a minha preferência por clássicos e quando se lhe junta uma autobiografia, ainda que ficcionada, a leitura tem tudo para correr bem.
Gostei.
(4/5)

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