Dos 36 anos de independência...
Triste, por te deixar, de manhãzinha Desci ao porto. E logo, asas ao vento, Fomos singrando, sob um céu cinzento, Como, num ar de chuva, uma andorinha. Olhos na Ilha eu vi, amiga minha, A pouco e pouco, num decrescimento, Fugir o Lar, perder-se num momento A montanha em que o nosso amor se aninha. Nada pergunto; nem quero saber Aonde vou: se voltarei sequer; Quanto, em ventura ou lágrimas, me espera Apenas sei, ó minha Primavera, Que tu me ficas lagrimosa e triste. E que sem ti a Luz já não existe. Partindo, Eugénio Tavares |
Porque não interessa o tempo ou a distância, o meu coração tem e terá sempre uma raíz bem presa a ti.
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