Diário das férias - parte I
Adoro viajar, principalmente de avião. Fazer as malas e partir à descoberta de novos lugares, fascina-me. Não é tanto pelos museus, praças ou igrejas, mas sim pelas pessoas e as suas vivências. Adoro perceber como os nativos vivem, seus hábitos e costumes e, principalmente, desmistificar ideias e preconceitos. Se a estas pessoas juntar alguns familiares e amigos, arrisco a passar "one hell of a holiday". Foi o que aconteceu!
Ao segundo dia em terras americanas, presenciamos algo bastante típico: as tão famosas "parades". Bombeiros, polícias, miúdos, graúdos, bandas, congregações, canditados às eleições, gays, etc. desfilam sobre o olhar atento da população que bate palmas e acena aos participantes com entusiasmo. Senti-me num filme.
São bastante patriotas. Provam-no as bandeiras hasteadas em quase todas as casas e edifícios públicos, o entusiasmo com que defendem o país, os vários tributos aos soldados e, principalmente, o orgulho que têm no seu povo e país. No meio das bandeiras todas, ainda deu para ver uma casa com uma do orgulho gay (achei interessante, tendo em conta que estamos a falar dos USA).
Deliciei-me com a forma como os empregados tratam os clientes. Aos empregados de cafés, restaurantes e afins, pode-se atribuir tal simpatia ao facto de ser "quase" obrigatório deixar gorjeta (15% do valor total e que, em alguns casos, é mais um item do recibo). Mas se já é obrigatório deixar gorjeta, why care so much? Ao falar sobre o assunto com o meu cunhado, dono de um negócio, ele explicou-me que é mesmo política dos patrões e que um empregado pode ser despedido se houver queixas por parte dos clientes. Em qualquer sítio (lojas, cinema, restaurantes, etc.), sempre que um empregado dirigia-me a palavra e, antes de perguntar o que desejo ou se preciso de ajuda, dizia-me: "Hello, madame. How are you today?".
Os condutores param para deixar os peões atravessarem a rua fora das passadeiras, na auto-estrada não excedem o limite de velocidade, mas como nem tudo são rosas, falar ao telemóvel parece ser um requisito para conduzir.
Reciclagem nem vê-la e atirar lixo para o chão parece um acto normal. No entanto, as ruas estão sempre impecávelmente limpas (excelente serviço de limpeza) e os espaços verdes sempre muito bem arranjados (tanto os públicos como os privados).
Tendo em conta que os bares fecham à 1 e as discotecas às 2, a vida nocturna pode ser classificada como sendo muito fraquinha. Quanto aos preços, uma carteira não aguenta aquilo todos os dias (cheguei a pagar 4 dólares por uma cerveja, mais gorjeta). As lojas de conviniências deixam de vender álcool a partir das 11 que é também a hora de fecho das lojas de bebidas alcoólicas. Nos bares é normal encontrar as incrições "No ID, No drink!".
Todos os aspectos acima referidos dizem respeito ao estado de Massachusetts, visto que, esta que vos escreve, apenas esteve em contacto com uma pequena parte do referido estado.
(continua...)
0 Comentário(s):
Enviar um comentário