segunda-feira, 26 de julho de 2010

Dos avós

Os paternos.

Ela guardava sempre a melhor parte para mim, escondia as guloseimas dos outros netos e ficava orgulhosa quando tirava boas notas.
Ele, menos meigo que ela, colocava-me ao colo e fazia-me cocêgas com a sua barba por fazer. Não gostava, mas era um momento tão nosso que aprendi a amar a barba dele a arranhar a minha cara. Privilégios do primeiro neto.
Vivi com eles durante dois anos.

A materna.
Cega desde o nascimento da última filha, não lhe conheci outra vida. Está sempre a rezar pelos filhos e netos. Uma memória? Passar à frente dela sem roupa para rirmos das suas reacções.

Um pedido? Que os meus filhos tenham uns avós como os meus.

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